quinta-feira, 29 de março de 2012

Sociabilidade e Socialização

Desde os primórdios, alguns gêneros de animais têm vivido em grupos por que assim, conseguem com mais eficácia sua subsistência e sobrevivência, por conseguinte, está assegurada a sua perpetuação. Espécimes que não tinham esse comportamento sociável com os seus próprios ficaram fadados ao desaparecimento.


Por toda sua história, o ser humano sempre foi sociável pelo mesmo motivo daquelas classes de animais. O diferencial é sermos capazes de fazer valer a nossa racionalidade sobre nossos instintos naturais. Embora o viver em grupos se mostre altamente eficaz, notamos que o relacionamento com nossos semelhantes sempre foi tal como uma engrenagem com pouca lubrificação, quer dizer, o atrito é constante causando dificuldades e desgastes na convivência.

A impressão entendida é a de que muitas pessoas se fecham em seu mundinho especioso e ali querem permanecer ilhados alegando independência ou privacidade. Vejo neste comportamento uma força débil, já que qualquer tolo é capaz desta falta de proeza. Esse muro é levantado não para o bem do indivíduo, está ali por falta de raciocínio e amor próprio, já que o melhor seria a adaptação às exigências naturais das regras básicas estabelecidas em função da boa convivência. Essas regras não foram estabelecidas por uma pessoa ou grupo para seu bel prazer, mas por todo conjunto de pessoas e grupos. Podemos dizer que tais são instintivas, já que em toda nação, mesmo aquelas pouco desenvolvidas ou não cristãs, possuem regras elevadas de moral e relacionamento inter-humano. Portanto, quando nos isolamos não são os outros os errados ou inconvenientes, somos nós, apenas nós os vilões do palco social e para o bem de todos, é bom que esse auto-isolamento aconteça. Isso poupa os demais do chato que somos até que saiamos dessa letargia comportamental.

Somos pessoas únicas no universo e por toda a eternidade assim será. Nossa capacidade mental é inefável, portanto não deveria haver obstáculos em nossa convivência conosco mesmo e com os demais. Trazemos em nossa alma características intrínsecas de viver e pensar, portanto, devemos estar cientes de que as outras pessoas, cada qual também é um ser diferente e único. Nesta diversidade está a beleza da vida, até por que, somos seres mutáveis já que o hoje não é o mesmo de ontem, da qual, não será o mesmo do nosso amanhã. Portanto, não deveríamos fechar a mente e ficarmos empedernidos em nossa opinião, até por que, quem não conhece o ‘mal’ não pode dizer ter o coração puro, pois não saberia se tem em suas mãos o pleno domínio da resistência de sua força.

Entendamos o seguinte, o ser humano apesar de ser sociável e ter altas suas aspirações, obviamente tem lá seus defeitos, ele quer ajudar a salvar o mundo e não quer ajudar a mãe a lavar as louças da refeição. Assim sendo, a compreensão de nossa própria humanidade e do relacionamento com nossos semelhantes podem atualmente não estar tão claros assim, entretanto, não depende de um conjunto complicado e intenso de ser compreendido.

O nosso objetivo primordial é de nos sensibilizar para um relacionamento mais estreito com aquele que menos compreendemos, ou seja, nós mesmos. Essa compreensão é o primeiro passo para um bom relacionamento com os demais e, por conseguinte conseguirmos sentir gratidão e alegria pela vida e por tabela, a cura em várias facetas de nossa existência.

Todo relacionamento é um espelho que reflete como nós somos interiormente. É através de nossos relacionamentos com o mundo que nos descobrimos e também tanto nos acusamos como nos justificamos. Eis o nosso termômetro!

Cada qual como artista no teatro da vida assumimos um papel. Neste papel assumido devemos seguir fielmente o enredo. A quem assumiu o papel de feliz, automaticamente trabalha para desempenhar bem essa ação. Quem se propôs a ser doente, assim suas atitudes o levarão a ser tal. Aquele que prefere ser vigarista, assim será. Somos tudo aquilo que queremos ser, nossa força mental nos conduz para o caminho escolhido. Como já dizia Siddartha Gautama, o Buda, somos aquilo que pensamos. Jesus Cristo confirmou essa lei universal uns quinhentos anos após quando disse que ceifaremos aquilo que plantarmos. 

Portanto, se vivemos conforme pensamos, então por que não criarmos critérios mais elevados para nossa existência? Ninguém... absolutamente ninguém pode escolher nosso papel, pode ser que dêem sua sugestão, mas acatarmos ou não é de nossa inteira responsabilidade. 

Portanto, nunca devemos depositar nossa vida nas mãos de alguém ou de alguma organização. Podemos partilhar pensamentos e objetivos, mas isso não nos tira o direito de exercermos nossa autonomia quando nossa consciência é de alguma forma ferida. 

Como pessoas de bem, é oportuno então citar aqui, haja vista que intencionados ampliar nossos horizontes, que devemos mudar a rota atual se assim for necessário, porque se nos afastarmos do braseiro aceso do inter relacionamentos com os semelhantes, vamos esfriando e apagando e definhando em nossa amargura solitária. Triste derrocada para um ser...!

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